Quando nossas empresas estão caminhando a passos largos, aferindo lucros razoáveis e nenhum problema sério nos incomoda, achamos que o melhor a fazer é manter o ritmo e perpetuar a situação para que não haja mudanças negativas. não é? Mas, é nessa hora que nos enganamos, pois esse é o momento que abrimos as portas para o perigo, ou seja, deixamos de nos preocupar com a possibilidade de crises internas e externas.
Embora tenhamos lucros estáveis, um setor administrativo confortável e gerenciamos o saldo positivo de maneira correta, os custos não deixarão de aparecer e se perpetuar; os aumentos de preços em matérias primas e serviços não deixarão de existir, pelo contrário, acrescerão com o aumento de produção e da venda de serviços.
É nesse momento em que os fatores externos, como a concorrência, implicam para que o empreendimento deixe de estar em curva ascendente, e inicie a curva descendente, eliminando a estabilidade de todos os setores da administração e da produção.
Agindo dessa forma, a empresa deixa de focar o cliente e passa o foco para as necessidades internas, seus problemas, seus déficits, esquecendo-se de quem mais importa: o cliente.
Diante desse cenário, é possível constatar que, quando a empresa está em condições financeiras e administrativas confortáveis, é o momento certo para propor a inovação, a melhoria, sair da zona de conforto e sempre ter inovações que agreguem melhorias para a organização.
Mesmo que haja um valor a ser despendido, e a empresa sinta esse investimento como uma queda no resultado do cash flow, é mais fácil pensar em novos produtos e novos processos no momento de sobriedade financeira, pois essa mudança, focada no cliente, é mais vantajosa por estabilizar uma situação que já esteja em fase de crescimento.
Portanto, a reestruturação deve ser efetivamente planejada em todos os setores, mesmo nas áreas em que não haja envolvimento direto na modificação proposta no momento. E, o melhor caminho para não haver erros nesse planejamento é a constituição de um plano de negócios consistente – elaborado de acordo com a realidade da empresa, incluindo números e previsões reais.
Dicas para um bom planejamento
1. Crie uma estratégia para sua a empresa, de forma que você possa implantar e acompanhar o desenvolvimento;
2. O orçamento apresentado deve ser elaborado de acordo com as estatísticas apuradas em exercícios anteriores;
3. O retorno sobre o capital investido deve ser analisado antes de iniciar o projeto, pois a viabilidade está vinculada a esse fator;
4. O planejamento de Recursos Humanos deverá seguir uma meta de acordo com a necessidade do projeto proposto. E, os treinamentos devem seguir um parâmetro de necessidade. Não adianta investir em treinamento de operação de maquinário para quem atuará na área financeira.
O objetivo em ter uma empresa com um planejamento de crescimento eficiente é não permanecer instável, mesmo enquanto a empresa está em um momento promissor. Ter um plano de gerenciamento de crise é imprescindível para uma empresa que se preocupa com o seu sucesso no mercado de trabalho. Investir em treinamentos empresariais e buscar inovações são reflexos de empresas que se preocupam com o atual mercado competitivo, mas estão prontas para estar dentro dele.
Até a próxima!
Fábio Borri